Sinaval destaca bom momento de estaleiros

06/06/2011 20:15

 O presidente do Sindicato da Construção Naval (Sinaval), Ariovaldo Rocha, disse à coluna que o atraso das obras do navio petroleiro João Candido, em construção no Estaleiro Atlântico Sul, de Suape (PE), é mais do que compreensível, considerando-se que é o primeiro navio da série de dez grandes petroleiros para a Transpetro, após muitos anos sem construção de navios desse porte no Brasil. "O Sinaval tem conhecimento das obras em andamento em todos os estaleiros associados e pode assegurar que a demora na entrega do petroleiro em construção no Estaleiro Atlântico Sul está dentro do esforço da curva de aprendizado prevista", disse Rocha, acrescentando que, nas unidades seguintes, poderá haver até adiantamento.


     Acentuou Rocha: "A engenharia e a construção naval brasileira vivem momento muito favorável. O projeto do Estaleiro Atlântico Sul foi inovador e audacioso. Realizou a construção do estaleiro de grande porte e dos navios, ao mesmo tempo. Não há nenhum problema técnico com o navio João Candido, inclusive com construção acompanhada por entidade classificadora de renome internacional". A classificadora é a American Bureau of Shipping (ABS)."

     Informou que, neste momento, nos 37 estaleiros associados ao Sinaval, estão em construção quase 300 obras. São plataformas de produção de petróleo, rebocadores portuários, balsas e empurradores para navegação fluvial, navios petroleiros, navios para a Marinha do Brasil, navios de apoio marítimo a plataformas de produção e sondas de perfuração de petróleo. E concluiu:

     - Nunca antes o setor esteve tão bem. Um adiantamento em um estaleiro ou pequeno atraso em outro é comum. Agora, com o pré-sal, virão novos desafios e, da mesma forma, sempre haverá um problema com aço, um atraso na entrega de um motor, mas o importante é que produção dos estaleiros continua alta e com tendência a crescer - afirmou, lembrando que, em 2000, o setor empregava 2 mil pessoas e hoje contrata 60 mil. Até 2015, esse número deve duplicar.

     Fonte: Monitor mercantil